O Ano era 1989. Acabara de me formar no antigo “Colegial Técnico em Artes Gráficas”. O que fazer? Minha mãe era comerciante, e meu pai trabalhava no ramo de confecção. Foi daí que começou a ideia de unir o útil (balcão da loja) ao agradável (know-how). O comercio da “família” era uma livraria cristã na Penha – SP. Minha mãe na época, tinha uma loja no fim de um longo corredor, e não era loja na rua. Qual foi a sua estratégia? Colocar uma caixa de som onde tocava músicas orquestradas da Harpa Crista, das 8:00 horas da manhã até as 18:00 horas. Uma grande ideia para a época, pois chamou todos os “crentes” para dentro daquele corredor, e ganhou muitos “xingos” de vizinhos cansados da mesma música.

Bom, agora chegou a hora onde eu tinha que fazer algo. Apenas 19 anos de idade, cheio de energia... ideias. Foi então que perguntei se eu poderia usar o balcão deles para vender algo que estava pensando em fazer. Obvio que como toda mãe, a resposta foi sim.

Então em 1990 surge a Ebenezer Confecção e Estamparia Ltda., ou mais conhecida como Ebenezer Camisetas, e mais tarde EBN Camisetas. Como? Fundo do quintal de mamãe, meu pai ajudando a cortar tecido, (o que fez até o dia em que nos deixou em 2013), me passou todo o conhecimento, e eu criando, estampando, correndo para oficinas de costura, o famoso “pau para toda obra”.

Esse foi somente o começo, muitas dificuldades, muitas lutas, fizemos eventos evangélicos e cristãos por todo o Brasil, desde Quadrangular, Batista, Presbiteriano, Renascer, Católico, Assembleia de Deus, Gideões, Juventude Batista, algumas Expo-Cristãs, bom, acho que deu para entender. Rodava o Brasil todo vendendo camisetas, participando de exposições etc.

Então um dia, cansado de tanto rodar e não estar em um lugar fixo, que montamos a loja na famosa “Rua dos Crentes” a Rua Conde de Sarzedas, onde estamos situados até o dia de hoje. Tudo perfeito agora? Logico que não. Mais lutas e dificuldades, mas sempre com novas ideias, e puxões de orelha da mamãe, que hoje é mais comerciante, mas não perde o “tino”.

Graças a Deus estamos vivos e operando, e após não somente uma, mas duas pandemias, podemos dizer bem forte e gritando: EBENEZER – Até aqui nos ajudou o Senhor.